A famosa Fallingwater, a casa da cascata, do
arquiteto Frank Lloyd Wright.
(Fonte: wright-house.com)
"Jamais um arquiteto mesclou genialidade e escândalo com atitudes tão desconcertantes como o norte-americano Frank Lloyd Wright.(...) O uso pioneiro que fazia dos espaços habitacionais em plano aberto, sua preocupação com a expressão 'honesta' dos materiais, seu interesse pela tecnologia e seu respeito pela natureza permitiram-lhe antecipar quase todos os temas chave que dominaram a arquitetura no século XX". - STUNGO, Naomi.
Casa Glenbrook, do arquiteto David Jameson
(Fonte: Revista Casa Vogue)
Frank Lloyd Wright, apesar de ter nascido em 1867, ainda inspira muitos arquitetos. Assim o é para mim. Apesar de ser considerado um dos precursores do movimento moderno, Wright tinha algo que a maioria dos modernos não tinham: um respeito pela natureza, de forma a traze-la para dentro das obras, emoldurá-la e mimetizá-la. Nas palavras do próprio arquiteto: "Acho que a palavra Natureza deveria ser grafada com 'N' maiúsculo, não que a natureza seja Deus, mas porque tudo o que podemos aprender sobre Deus aprenderemos do corpo de Deus, que chamamos de natureza".
Vista Frontal da Casa Glenbrook
(Fonte: Revista Casa Vogue)
As obras de Wright renderiam vários posts interessantes, mas o assunto de hoje será uma casa que me lembrou muito as obras deles. Construída nos dias de hoje, esta mansão em Maryland, nordeste dos Estados Unidos, é composta por um pavilhão de vidro central flanqueado por duas estruturas de pedra, uma de cada lado. Além de definir os setores da casa, os três volumes dão personalidade à construção, justamente por conta da escolha dos materiais.
Detalhes da construção e a predominância do vidro, madeira e pedra.
(Fonte: Revista Casa Vogue)
A "honestidade" dos materiais, ou seja, usar o material conforme é encontrado na natureza, faz parte de um dos principais critérios adotados pelo arquiteto David Jameson, responsável pelo projeto. A durabilidade foi uma exigência dos donos do imóvel, que pediram uma casa feita de materiais naturais que resistissem a pelo menos cem anos de uso, sem a necessidade de manutenção pesada.
Vista geral destacando os 3 volumes principais.
Entrada Lateral
(Fonte: Revista Casa Vogue)
Funcionalmente, os 3 volumes são bem definidos. Um deles, voltado para a rua de acesso, abriga hall de entrada, garagem e quartos de hóspedes. Outro – o de vidro – contém a sala e a cozinha, áreas de convívio por excelência. E o último contém as áreas íntimas, como a suíte máster e os quartos dos filhos.
Internamente, há a integração visual direta com o exterior, tanto
pelas aberturas em vidro quanto pelos materiais utilizados.
(Fonte: Revista Casa Vogue)
A casa também é marcada por finos pilares de metal, além de portas
externas feita com aço corten. São elas que conectam todos os
ambientes sociais à densa floresta que rodeia a residência.
(Fonte: Revista Casa Vogue)
3 comentários:
O conceito de espaço aberto, livre, junto com os planos destacados um do outro (cobertura, parede) me lembram mais Mies Van Der Rohe do que Frank Lloyd Wright... Agora o uso dos materiais e a integração com o entorno com certeza se associam mais ao FLW... muito interessante a união dos conceitos.
O conceito de espaço aberto, livre, junto com os planos destacados um do outro (cobertura, parede) me lembram mais Mies Van Der Rohe do que Frank Lloyd Wright... Agora o uso dos materiais e a integração com o entorno com certeza se associam mais ao FLW... muito interessante a união dos conceitos.
Isso sem contar as janelas, que realmente parecem inspiradas nos vitrais de Wright, e os "finos pilares de metal" que remetem mais uma vez à obra de Mies...
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